quinta-feira, 17 de maio de 2007


Fonte: Laboratório de Anatomia da FAZU

Tecido Conjuntivo Hematopoiético

É o tecido responsável pela produção de células sangüíneas.
- Tipos: Mielóide- é encontrado na medula óssea vermelha - Função: produz hemácias, plaquetas (são pedaços de células) e certos tipos de glóbulos brancos (ex. neutrófilos)Linfóide- é encontrado em órgãos como: amídalas, baço, timo, etc. - Função- produção de glóbulos brancos (monócitos e linfócitos)
LINFONODOS (GÂNGLIOS LINFÁTICOS)- provoca a íngua, filtra a linfa e é um tipo de linfóide. Obs.: Células do Tecido Conjuntivo Propriamente Dito
· Fibroblastos- são as células mais abundantes desse tecido, contribuem na cicatrização- Funções:· produzem proteínas que são utilizadas na fabricação de fibras.· produzem a substância intercelular· produzem o mucopolissacarídeo ( mantém a viscosidade da substâncias intercelular)- Quando os Fibroblastos estão em repouso recebem o nome de fibrócitos
· Macrófagos- são células grandes que se originam de glóbulos brancos (monócitos) que atravessaram a parede do vaso sangüíneo (diapedese)- Função: defesa do organismo através da fagocitose.- Quando o macrófago se encontra em repouso ou fixo recebe o nome de histiócito
· Plasmócitos- são células do tecido TCPD cujo papel e a defesa do organismo através da produção de anticorpos. Essas células originam-se de glóbulos brancos denominados linfócitos
· Mastócitos- são células do tecido conjuntivo que contém no seu interior substâncias denominadas. HEPARINA (substância anticoagulante) e HISTAMINA (substância vasodilatadora liberada em processos alérgicos)
· Células Adiposas ou Adipócitos - são células grandes cujo papel é armazenar lipídio (gordura) - fazem parte do tecido adiposo.

Tecido Conjuntivo Adiposo

1-Localização:
Esse tecido localiza- se na hipoderme. É encontrado em aves e mamíferos, sendo muito desenvolvido naqueles de clima frio ( pingüim ,urso-polar, etc.)
2- Funções:
· Isolante térmico
· Proteção contra choques mecânicos
· Reserva energética

TECIDO CONJUNTIVO

a) Características:
· Apresenta abundante substância intercelular
· É dotado de diversos tipos de células como funções variadas
· Possui vasos sangüíneos
· Possui nervos
b) Funções:
· Preenchimento
· Estabelece conexão entre os diversos tipos de tecidos ou órgãos
· Sustentação ( osso e cartilagem)
· Transporte de substâncias (sangue)
· Defesa (glóbulos brancos)
c) Classificação dos tecidos conjuntivos:
1- Tecido Conjuntivo Propriamente Dito (T.C.P.D.)
_ TCPD com propriedades gerais:
- frouxo- (muita substância intercelular, pobre em fibras)
- denso- (pouca substância intercelular, rico em fibras)
_ TCPD com propriedades especiais:
- Adiposo
- Hematopoiético (produção sangüínea - medula óssea vermelha)
2- Tecido Conjuntivo de Sustentação
- tecido cartilaginoso
- tecido ósseo
3- Tecido Conjuntivo de Transporte
- Linfa
- Sangue
· TECIDO CONJUNTIVO FROUXO
- Não há o predominio de nada, nem fibras, nem substância intercelular, nem células
- Relativamente pobre em fibras
· TECIDO CONJUNTIVO DENSO
- Relativamente pobre em substância intercelular
- Rico em fibras
Obs. : O Tecido Conjuntivo Denso pode ser:
· Denso não modelado : é quando suas fibras não se encontram paralelas entre si.
OBS.: Esse tecido é encontrado formando as cápsulas que envolvem o fígado, baço, osso, cartilagem.
· Denso modelado: é quando as fibras (colagens) são paralelas entre si. Ex. : Tendão (liga o músculo ao osso)

Tendão, Tecido Conjuntivo



O tendão é basicamente composto de tecido conjuntivo denso modelado.

Pele Fina, Tecido Conjuntivo e Epitelial



A pele é composta basicamente por duas porções: Epiderme (Tecido epitelial) e Hipoderme(Tecido Conjuntivo Frouxo).

Displasia da Anca

A Displasia coxo-femoral foi descrita no cão no ano de 1935. A diferença entre o homem e o cão é que a displasia coxo-femoral no cão é uma doença hereditária, mas não é congénita: o cão não nasce com displasia, mas devido à influência de factores ambientais, alimentares, excesso de exercício, etc., e unida a um importante componente genético, origina-se um desequilíbrio entre a massa muscular e o desenvolvimento esquelético, resultando numa falta de congruência entre o acetábulo e a cabeça do fémur.

Doença Articular Degenerativa

A Doença Articular Degenerativa (ou Artrite Degenerativa) é uma patologia progressiva, não infecciosa das articulações de suporte do peso corporal. A cartilagem normal destas articulações é lisa, branca e translúcida. É composta por células cartilagíneas (condrócitos) infiltradas numa matriz, composta por colagénio, polissacáridos proteicos e água. No início, na artrite degenerativa primária, a cartilagem torna-se amarelada e opaca, com áreas localizadas irregulares e amolecidas na superfície articular. Com o evoluir do processo degenerativo, as áreas amolecidas tornam-se quebradiças e desgastadas, expondo o osso sob-condral, o qual inicia com processo de remodelação, com um aumento de densidade, enquanto que a restante cartilagem começa a desgastar-se. Eventualmente, osteófitos (espículos de osso novo) cobertos pela cartilagem, formam-se no bordo da articulação. Adicionalmente, à medida que aumenta o esforço mecânico, a cartilagem necessita de ser substituída, o que não é possível pois as células cartilagíneas são incapazes de produzir suficiente quantidade de matriz cartilagínea. De facto, já não existe circulação sanguínea que sustente esta renovação.
A maioria das doenças articulares degenerativas são o resultado de instabilidade ou alterações de envelhecimento da articulação. Referimo-nos à artrite degenerativa de envelhecimento e, em animais jovens, pode ser o resultado de traumas, contusões, configurações articulares anormais (ex.: displasia da anca) ou por desgaste mecânico por ruptura de ligamento cruzado anterior, luxação patelar ou osteocondrite dissecante.

Doenças das articulações e do tecido conjuntivo

As alterações das articulações e dos seus componentes (músculos, ossos, cartilagens e tendões) consideram-se doenças do tecido conjuntivo, já que estas estruturas contêm grandes quantidades desse tecido. Contudo, muitas delas são também um tipo de doença auto-imune que se caracteriza pela presença de reacções imunológicas em que algo desencadeia a reacção do sistema imunitário contra os próprios tecidos do corpo e a produção de anticorpos anormais que atacam esses tecidos (auto-anticorpos).As reacções imunológicas caracterizam-se pela existência de inflamação (um processo de reparação que diminui uma vez completado este processo).
Contudo, nas doenças auto-imunes, a inflamação pode ser crónica e lesar os tecidos normais. Por exemplo, na artrite reumatóide, a inflamação crónica prejudica a cartilagem da articulação. Nesta e em muitas outras doenças auto-imunes, a inflamação afecta várias articulações, provavelmente porque se deve aos anticorpos que circulam pelo organismo dentro da circulação sanguínea.
O tecido conjuntivo pode inflamar-se dentro e à volta das articulações e de outras partes do corpo, tal como os músculos.Também podem ser afectados o invólucro do coração (pericárdio), a membrana que envolve os pulmões (pleura) e inclusive o cérebro. O tipo e a gravidade dos sintomas dependem dos órgãos afectados.
As doenças articulares são problemas muito comuns em animais idosos. A idade média da população dos animais vem aumentando com o passar dos anos, principalmente em virtude de melhores tratos e do uso de medicamentos que ajudam a aumentar o tempo de vida dos animais. Assim, as doenças articulares, principalmente as degenerativas (artroses) são mais observadas do que antes. Para o tratamento deste problema vários pontos devem ser levados em conta, como a predisposição genética do animal, a presença de lesões articulares pré-existentes, a obesidade etc, mas em geral, os animais se beneficiam do uso de antiinflamatórios que auxiliam a controlar a dor e a inflamação que acompanham estes processos.

Escápulo-Umeral
Articulação Escápulo-Umeral – Esta é uma articulação esferóide multiaxial com três graus de liberdade. As faces articulares são a cabeça hemisférica do úmero ( convexa) e a cavidade glenóide da escápula (côncava).

Metacarpo- Falagiana e Interfalangianas

Articulações interfalângicas – entre as falanges, são gíglimos. Constituídas de ligamentos dorsais, palmares e colaterais.
Articulações metacarpofalângicas – entre os metacarpos e as falanges proximais, são bicondilares. Constituídos de ligamentos palmares, dorsais, transversos e colaterais.

Articulação Atlanto-Axial

Articulações atlanto-axiais – compreende três articulações sinoviais. Duas dessas articulações compreende um par entre as faces articulares inferiores das massas laterais do atlas e as faces articulares superiores do áxis. A outra articulação é a atlanto-axial mediana que compreende a face articular do dente do áxis, a face articular do arco anterior do atlas e o ligamento transverso.